Todo
mundo já sentiu dor. De dente, de cabeça, de amor, de barriga. E todo mundo
concorda que não é bom. Mas necessário. A dor é o jeitinho que o corpo
encontrou de avisar que tem alguma coisa de errado acontecendo. A dor trava nosso dia, nossa rotina. E a bem da verdade é que a gente só dá valor para a saúde quando estamos doente.
Revisão básica
do mecanismo da dor: dói porque existe uma percepção de dor pelo sistema nervoso,
num processo que envolve um dano tecidual, ativação de terminais sinápticos,
ação de mediadores químicos (prostaglandinas, leucotrienos, histamina etc),
sensibilização do SN e uma resposta.
O
fato é que o mecanismo de ação do laser na analgesia ainda não é único. A
literatura sugere que não há um mecanismo único para ação do laser no processo
de analgesia. Vários são os processos de atuação da radiação sobre a dor, mas
todos agem em algum momento da condução do impulso nervoso.
Simunovic
enumerou alguns mecanismos capazes de explicar os efeitos analgésicos: aumento
do fluxo linfático e redução de edema, aumento de ATP promovendo relaxamento
muscular, aumento dos níveis de betaendorfina, aumento da microcirculação
sanguínea local e de oxigênio, acelerando a retirada de catabólitos dos
tecidos, entre outros.
Bradley
também enumerou alguns mecanismos que explicam o efeito da luz infravermelha
como sendo mais eficaz para analgesia: ação direta sobre fibras amielínicas,
ação específica no tronco nervoso, alterando concentração de Na/K nos tecidos
nervosos, aumento do fluxo sanguíneo, eliminando toxinas nos tecidos, efeito
placebo, etc...
O
laser não é capaz de gerar anestesia no tecido, pois a luz laser pode ser mais
efetiva sobre fibras de condução lenta, promovendo analgesia, e não anestesia.
O
uso da terapia com laser de forma preventiva também não segue um mecanismo 100%
elucidado. Centenas de autores sugerem o benefício da aplicação do laser como
efeito antiálgico, e muitos concordam que o efeito esteja ligado a redução da
condução do impulso nervoso. Para a odontologia, esse efeito é diferencial para
o profissional, é de fácil aplicação e sem efeitos colaterais. Por exemplo, na
aplicação da luz antes de punção anestésica, após cirurgias para evitar dor e
edema, quadros de prevenção de herpes e mucosite oral, entre outros mil.
O
efeito analgésico do laser é tão evidente que a Organização Mundial da Saúde
incluiu a terapia de laser de baixa potência como recomendada para tratamento
de dor crônica na região cervical.
Não fica difícil
concluir a ideia que o uso do laser como analgésico diminui o uso de
medicamento e todos os efeitos colaterais que eles causam ao nosso organismo.
Esta vantagem é o carro chefe da divulgação do laser, e uma maneira bem simples
de explicar ao paciente a introdução desta tecnologia na prática diária. Só tem
uma dor que o laser não é capaz de curar: a de amor. Até a próxima. J
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