22 de abr. de 2013

SENSIBILIDADE DÓI!!!!



Dói o dente só de pensar em falar? O ar que encosta nos dentes te faz pular de dor? A sensibilidade te faz querer esganar teu dentista? Passar a escova ou uma sonda tem a sensação de unhas arranhando num quadro-negro? Pois é, a hipersensibilidade dentinária cervical (HDC) é uma condição de dor dentária que incide em 57% da população adulta! Além da dor, o paciente pode desenvolver algum problema periodontal, pois deixa a higienização incompleta na região em função da dor causada pela hipersensibilidade! Existe também outra condição que faz retração da gengiva, expõe a raiz do dente e causa sensibilidade: escovar demais! Parece estranho, mas está cada vez mais comum a neurose com dentes limpos e brancos, fazendo com que a pessoa escove com mais força e até 8, 10 vezes ao dia. O que limpa o dente e remove a sujeira não é a força que aplica, nem escovar 10 vezes, é simplesmente alcançar todos os dentes e em todos os lados do dente, com calma e prestando atenção no que está fazendo. Preste atenção na sua escova de dente, se ela fica parecendo uma vassoura de palha em poucos meses de uso, CUIDADO! Você pode ter esta síndrome do dente branco. A recomendação do dentista continua sendo a mesma: escovar 3 vezes ao dia e manter a escova dental com as cerdas íntegras. A hora que ela começar a entortar as cerdas está na hora de trocar!

 A laserterapia entra como um auxiliar no tratamento da HDC. O primeiro passo é o cirurgião-dentista diagnosticar o motivo da HDC, não adianta tratar a dor senão se sabe de onde vem. Feito isso é hora de iniciar o tratamento.
O primeiro efeito do laser de baixa potência é o analgésico, que impede a condução do impulso nervoso e imediatamente após a aplicação do laser o paciente se vê livre da dor. Além disso, a luz tem efeito sobre a célula da polpa, com efeito regenerativo e de formação de dentina reacional (proteção para a polpa), o que também explica os resultados duradouros do tratamento.
Repito: a terapia com laser não causa a cura da sensibilidade. Para isso precisamos ver o que causa tanta dor. O laser vem como terapia de suporte para aliviar a DOR!!!
Até a próxima J

Arrepia só de olhar!!!!

15 de abr. de 2013

Mucosite e o câncer!

Olá!
O post de hoje será sobre MUCOSITE, e para melhor entendimento colocarei três artigos sobre. A mucosite é uma inflamação na mucosa em consequência do tratamento oncológico. É extremamente limitante na qualidade de vida do paciente pois afeta a fala, alimentação e higiene.

Aspectos clínicos, biológicos, histopatológicos e tratamentos
propostos para a mucosite oral induzida por radioterapia: revisão
da literatura



Complicações bucais da quimioterapia antineoplásica 


Utilização da terapia com laser de baixa potência para prevenção de mucosite oral: revisão de literatura.


E para encerrar um vídeo do ex-presidente Lula e seu tratamento com laser!!!!

5 de abr. de 2013

Exército contra o câncer: QUIMIO E RADIOTERAPIA


Continuando o post anterior, o assunto de hoje é o tratamento oncológico. Então, o tumor é feito de vários clones de célula. O câncer começa com uma célula primariamente normal, do próprio corpo. A célula normal vira célula tumoral por mutação, na hora de duplicar o DNA há falha. Em sua maioria não é contagioso, mas há alguns vírus oncogênicos que podem ser transmitidos, ex: HPV, no câncer de colo de útero. O próprio DNA tem genes que fazem o reparo do erro de duplicação. Os casos hereditários de câncer não correspondem a 10% dos casos. Todo câncer é genético (envolve genes), mas nem todos são hereditários. 90% dos tumores são associados a exposição de carcinógenos, principalmente: ALCOOL, TABACO, SOL. Esses carcionógenos não causam câncer imediato, demora 10, 20 anos de exposição para a manifestação. Cada 1 cm de tumor tem UM BILHÃO de células tumorais, por isso é tão difícil o tratamento, tem que atingir vários tipos de células metastáticas.
PARÊNTESES: Como o blog é meu, vou deixar uma opinião muitíssimo pessoal a respeito do tabaco, que associado ao álcool, é o ator principal do câncer de boca, garganta, pulmão... é muito triste os jovens de hoje, com tanta informação concreta e verídica, agirem de forma irônica e infantil a respeito do cigarro. É comum ouvir: “aaah mas meu avô fumou a vida inteira, desde os 12 anos e nunca teve nada.. “ OK, vamos pensar naquela época, 50, 60 anos atrás: alimentação era da horta de casa, nada de enlatados, embutidos, microondas e fast-foods carregados de radicais livres prejudicando o organismo. O cigarro não era industrializado e propositalmente cheio de atrativos viciantes. Nossos avós trabalhavam na roça, era atividade física intensa e não passavam horas na frente do vídeo-game comendo salgadinho. O álcool não era banalizado como hoje. Ou seja, não tem como transportar a vida que nossos avós fumantes levavam, com a de um jovem de 20 anos de hoje. E nem vou tocar no assunto álcool, porque daria mais páginas de indignação. Infelizmente as consequências vêm e são imperdoáveis. FECHA PARÊNTESES.
Para tratamento do câncer, são utilizadas duas modalidades: quimioterapia e radioterapia:
1.    Radioterapia (RT): radiação nas células tumorais. Age na quebra do DNA. Quanto mais célula estiver duplicando o DNA, mais a RT vai atuar. Raio gama atinge o código genético da célula maligna. É uma ação local, cumulativa. Fica fazendo efeito até 30 dias, e provavelmente piora, pelo acúmulo de dose de radiação.
2.    Quimioterapia (QT): age na síntese de DNA. Usa fármacos para combater. Tem afinidade por células que se multiplicam muito rápido (tumoral, cabelo, unha..) e por células da medula óssea.
Dependendo do tipo, localização, intensidade, tempo de tumor é planejada um tipo de terapia. E claro, elas são implacáveis e cheias de efeitos colaterais.
Ø  MUCOSITE: inflamação na mucosa. Manifesta-se como uma afta profunda, e tem toda a limitação de ingerir alimentos, líquidos, fala, dor... acontece em 100% dos pacientes que fazem RT, 40% que fazem QM e 100% nos RT e QT.
Ø  NEUROTOXICIDADE: agressão da RT e QT que faz doer o corpo todo.
Ø  OTOTOXICIDADE: problemas de ouvido, edema, fibrose, vasculite, zumbido, perda audiditva.
Ø  TRISMO: limitação de abertura de boca, higienização e alimentação.
Ø RADIODERMATITE: problemas de pele na região irradiada, edema, descamações, úlceras, hemorragia, necrose.
Ø  OSTEONECROSE: dor, edema, parestesia, fístula, mobilidade dental.

A QT tende a ser mais cruel quando se trata de efeitos colaterais:
- 0 a 3 dias: náusea, vômito, dor articular;
- 7 a 21 dias: cistite, mucosite, imunossupressão;
- meses: pigmentação, pneumonia, neurotoxicidade;
- ultra-tardio: infertilidade, distúrbio do crescimento, mutagênese.
Metotrexati e fluoracil são medicamentos que certamente darão mucosite. São bastante estomatotóxicos: tóxicos para cavidade bucal. Muitos são secretados pela saliva, piorando esta toxicidade e afetando as glândulas que secretam saliva, causando XEROSTOMIA (assunto para depois). Além da fraqueza, enjoo, vômito, que acontece no dia da administração do medicamente, tem efeitos como queda de cabelo, alterações intestinais (diarreia ou prisão de ventre), soluço, unhas manchadas, câimbra, neuropatia na ponta dos dedos...

Depois de ler tudo isso é inconcebível deixar para o médico oncologista cuidar sozinho do paciente. Reforço o apoio multidisciplinar para o tratamento oncológico. E depois de explicar, humildemente, as consequências da radio e quimioterapia vem uma boa notícia: a laserterapia é um auxiliar importante em quase todos os efeitos colaterais, melhorando a qualidade de vida do paciente. Mas isso é para a outra semana! J



1 de abr. de 2013

Exército contra o CÂNCER!!


O post de hoje dá início a uma sequencia de postagem a respeito do câncer e da influência da odontologia e laserterapia no tratamento oncológico. Infelizmente é uma doença que está virando rotina. Todo mundo conhece alguém que passou por um tratamento com radio e quimioterapia. E todo mundo sabe o sofrimento e a luta que a família e o paciente enfrentam. Por isso é necessário, de novo, uma EQUIPE de combate: o médico oncologista que entende do tumor, a nutricionista que entende da alimentação, enfermeiros que apoiam a equipe médica, psicólogos para tratar da saúde mental da família, fisioterapeuta/fonoaudiólogo que auxilia no processo de deglutição e movimentação torácica quando envolve traqueostomia, entre tantos outros. E dentre outros o cirurgião-dentista tem papel fundamental principalmente ANTES do início do tratamento oncológico. Isto não é de costume do paciente, até porque ele recém descobriu a doença e está com o psicológico abalado, logo a última pessoa que ele pretende visitar é o dentista. Porém, antes de iniciar a quimioterapia/radioterapia é crucial uma revisão bucal para eliminar focos de possíveis infecções. Se durante um tratamento oncológico (cabeça e pescoço) o paciente precisar de atendimento odontológico invasivo (exodontia, tratamento de canal, etc) há grande chance de ocorrer necrose óssea: osteonecrose ou osteorradinecrose, causadas pelo tratamento quimioterápico e radioterápico do câncer. Sem contar uma série de efeitos secundários da radiação cabeça/pescoço, tais como: xerostomia (diminuição da saliva), cárie, destruição das glândulas salivares, dor, hipersensibilidade dentinária, ototoxicidade, trismo, radiodermatite, e a MUCOSITE, que particularmente me parece uma das mais limitantes consequências do tratamento. E por isso ganhará um post exclusivo, e toda a atenção da laserterapia voltada para ela!
Mas a ênfase de hoje é a prevenção. Evitar que MAIS problemas perturbem o paciente já tão debilitado física e emocionalmente. Ter que tratar uma necrose óssea que poderia ter sido evitada é um abuso para o paciente. Dentistas, médicos e todo o combo que faz parte do tratamento contra o câncer tem a OBRIGAÇÃO de instruir o paciente a fazer uma revisão no dentista e deixar a cavidade bucal livre de futuros problemas.
Uma revisão de literatura muito didática está em http://www.inca.gov.br/rbc/n_51/v04/pdf/revisao2.pdf
Até a próxima!